O RWA –
Romance Writers of America é uma é uma associação criada e 1980
sem fins lucrativos que visa dar suporte às escritoras de romance.
Eles se organizam para que as autoras possam ter carreiras como
escritoras de romance. É uma mistura de sindicato de clube de
escritoras: eles defendem os interesses da industria do livro
romântico e fornecem um ambiente em qe as autoras pode fazer
networking e aprimorar sua escrita.
Todo ano
eles promovem uma especie de Oscar da literatura romântica o Rita ,
que premia autoras que escrevem nos diversos subgêneros de romance .
Mas o legal é que eles também premiam autoras novas que nunca foram
publicadas, com o Golden Heart. Esse premio é o que muitas vezes
abre as portas das editoras para a entrada de novas autoras.
Esse ano
a entrega do premio foi em Nova York com transmissão direta pela
internet, coisa muito fina.
As
categorias são: Melhor Livro de Estréia, Romance contemporâneo
“longo”, “Médio” e “Curto” ( acho que o equivalente
brasileiro seriam romance longo a novela e o conto), Romance
Erótico, Romance Histórico Longo e Curto, Romance Inspiracional (
aqueles com uma pegada auto-ajuda, ou religiosa), Romance Paranormal,
Romance Novela ( que é uma história relativamente curta, tipo
aqueles livros fininhos de banca) , Suspense Romântico e Young Adult
Romance.
Meu sonho
de consumo é ler todos os livros indicados em cada categoria antes
da entrega do premio, mas nunca dá certo talvez porque sejam doze
categorias com média de oito títulos indicados. Mas nunca tenho
dinheiro e tempo suficiente para ler quase 100 livros nos 2, 3 meses
que se seguem entre o anuncio dos indicados e a premiação de fato.
Geralmente eu acabo lendo algum por pura sorte, ou eu leio algum
titulo da Nora Roberts / J.D. Robb. Aliás quase certeza que vai ter
algum livro dela indicado e que provavelmente esse título será o
vencedor. A mulher é boa mesmo!
Esse ano
foi o que aconteceu: li em abril Concealed in Death e ele foi o
vencedor na categoria Suspense Romântico. Esse é o trigésimo oitavo
livro da série e, pelo andar da carruagem dos lançamentos em
português, você terá que esperar uns 10 anos para que ele seja
publicado por aqui. Mas você não precisa esperar esse tempo todo
para saber se Concealed in Death é bom ou não, porque eu vou
resenhar ele agora !
O ano
2060, mês, Dezembro e o ridiculamente rico marido de Eve Dallas,
Roark, está no meio de uma demolição para a reformar de mais um
empreendimento de seu império quando descobre restos mortais de duas
pessoas envoltas em um saco plástico. Logo outros dez esqueletos se
juntam aos dois primeiros. Depois de uma descoberta tão macabra só
resta a Roark chamar a policia, e, nesse caso é melhor que ele chame
a policial em que ele mais confia: Eve.
Apesar da
idade dos restos mortais, os peritos forenses conseguem determinar
que eram todas adolescentes dadas como desaparecidas. Não há nenhum
indicio de morte violenta e a forma como os corpos foram escondidos
revela que o assassino tinha uma especie de carinho pelas vítimas.
O prédio
onde elas foram encontradas, foi durante um período, uma especie de
albergue para jovens carentes. A instituição ainda existe e a
investigação começa pelos antigos administradores do lugar.
Mas quanto
mais Eve investiga o caso mais confuso ele parece se tornar e a
descoberta de que as meninas mortas eram amigas de uma pessoa próxima
a Eve torna o caso pessoal.
Apesar de
parecer que o assassino não fez nenhuma vitima depois das 12
encontradas, Eve precisa saber quem é essa pessoa e o que o motivou
a cometer esses crimes.
Esse mês
foi lançado o quadragésimo primeiro livro da Série In Death, é
obvio que numa série tão longa você tem livros bons e outros não
tão legais. Eu confesso que estava ficando um pouco cansada desses
livro. Os casos pareciam sempre envolver criminosos seriais e
misóginos e as histórias estavam ficando repetitivas. Mas Concealed
in Death é uma grata surpresa. A pesar de ter múltiplas vitimas,
logo fica claro que esse não é um crime de ódio à mulheres. O
fato de as mortes não estarem acontecendo durante o desenvolvimento da invesigação ,também dá uma perspectiva
diferente a história e os passos para descobrir o assassino nos
fazem lembrar um pouco as técnicas de Sherlock Holmes. Me parece que
J.D. Robb conseguiu, a partir desse livro dar um novo folego à serie, sem perder as características que tornaram os livros tão
atraentes às leitoras: o clima de levemente cômico de Peabody, o
romance entre Eve e Roark, a constelação de personagens secundários
que dão todo um tempero à trama.
Não vou
dizer que esse é o melhor livro da série, continuo achando que o
melhor sempre será o Divided in Death, mas esse com certeza entra a
na lista dos melhores.
Concealed in Death
J.D.Robb
372 pp
Berkley, 2014
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